A saudade que bateu
Autor: Samuel Nascimento
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Mais uma arte de Lucas Macaco |
Outro dia estava em uma roda de amigos, conversando sobre vários assuntos. Um assunto em particular foi muito falado, os tempos de escola. Ficamos falando o que faziamos, as macandas, as coisas engraçadas, a galera que não vimos mais, aquela aula especial, aquele professor ideal. Que saudade que bateu.
Até aí tudo bem, parecia algo normal de acontecer. Mas o estranho ainda estava para acontecer, o dia ainda me reservava algo...
Ao sair da casa de um dos meus amigos o qual estava conversando, fui para um lugar com um dos amigos que coincidentemente (sério, não pensei nisso) era próximo do colégio que eu estudava.
Estavamos de bike, e então resolvi ficar no colégio que estava tendo copa, enquanto meu amigo foi para o seu destino que o esperava.
Disse para ele que iria ficar alí até quando ele voltasse e que ele passasse lá para a gente poder ir embora junto de novo.
Quando entrei no colégio, vi aquelas mesmas pessoas (algumas novas) naquele mesmo lugar familiar. Só que essas pessoas estavam diferentes, as crianças estavam adolescentes e a galera da minha turma uma moçada gigante.
Fazia tempo que não entrava naquele colégio e foi supreendentemente único.
Conversei com amigos antigos, usamos piadas antigas, rimos... Que saudade que bateu.
Depois de um tempo meu amigo chegou, ficamos alí por mais um tempo apreciando esse sentimento gostoso que é a saudade.
Eu e ele ficamos lembrando dos tempos que jogavamos pelos times que alí estavam jogando. E a gente nem dava tanto valor e nem muita importância.
Fomos para a casa dele, batemos uns papos e ele me mostrou uma foto antiga do time de basket que ele jogava. o melhor ano (para ele) da vida, não tinha tantas preocupações, o melhor time de basket e o ouro da medalha.
Vendo aquela foto ele lembrou de um filme brasileiro chamado Pode crer! (pra assistir é só clicar no nome do filme) e então ele botou para a gente ver o filme. Que é justamente uma história de amigos de colegial que faziam coisas de colegial. Como todos passaram (ou passam) por isso, sabem o quão bom é (principalmente para quem já passou).
Não era tão clichê como uns filmes americano que tem por aí. Tinha um diferencial por passar na década de 80 e mostrar hábitos diferentes, curiosos e engraçados daquela época. Sem falar no elenco, que é muito bom. (recomendo assistir!)
Na metade do filme eu dei "pause" e falei para ele "Se ligou que esse dia de hoje está acontecendo para a gente sentir essa saudade do colegial? A gente não foçou que isso acontecesse, simplesmente sentimos e foi acontecendo."
É mais um dia daqueles que a gente ver que o destino é mesmo bricalhão, é como aprender uma palavra que você nunca tinha visto e depois (no mesmo dia) você ver essa palavra mais de uma vez. Coisas que acontecem porque tinha que acontecer.
O filme acaba, vou para casa. Com aquela saudade que bateu, mas não foi algo ruim, pelo contrário, a saudade para mim é um dos melhores sentimentos, pois nos trás as lembranças de sentimentos passados que a gente valorizou ou não e que marcou de alguma forma a vida da gente.
Minha infância, minha adolescência foi tudo vivido naquele colégio e guardo na lembrança o carinho que eu tenho desses tempos.
E tudo isso só reforçou mais aquilo que eu ouvia quando era mais novo dos mais experientes - "Ah, como eu queria voltar pra esses tempos de colégio, sem tantas preocupações, sem tantas responsabilidades, só curtindo a vida. Aproveite, pois é a melhor época que existe." Eu, muito besta , como qualquer outro garoto jovem, não dava bola e queria muito virar alguém adulto e ter responsabilidades. Mal sabia eu, que o que eu estava vivendo era minha época de brincar, de curtir, sem se preocupar com tantos deveres e fazeres que a experiência nos trás junto com o tempo.
Esse era o tempo que a imaginação vinha em primeiro lugar, era o principal mundo e com certeza o melhor. Vou abraçando essa saudade que bateu, mas que me fortaleceu de energias positivas.
Continuando o assunto...
Vendo esse desenho (mais um de meu irmão macaco) com essa frase lembro dessa música que é simplesmente fantástica.
Um texto que só não é perfeito porque não foi eu quem escrevi (rsrs brincadeira!).
A carne dos deuses
Autor: Banda Scambo
Lembra dos retro-mutantes, dos proto-mutantes, dos bio-mutantes cantados em momentos atrás. Os quais ainda são a linha esperada, a conduta marcada por atitudes de originalidade e paz. Mas desta vez vou falar de homens que por caminhos diferentes daqueles procuram também seus objetivos naturais. Também não se estabeleceram, não aceitaram, não se encaixaram em perversas etiquetas sociais.
Todos anormais, todos desqualificados, castrados, desajustados, considerados um problema.
Eles têm uma sensibilidade aflorada que os tolos não podem aceitar porque estão todos fora do esquema.
Agora onde sou, quem estou?
Pra quem só passa pela vida isso pode até parecer brincadeira, mas não...
Como eles, eu volto ao monte, volto à caverna, sinto o bicho que sou se contorcendo em minha veia.
Volto ao tudo para achar a resposta mais sensata - A carne dos deuses em minha cara.
Simplesmente a carne dos deuses em minha cara.
Eu volto ao monte, a carne dos deuses em minha cara.
E assim eles me mostraram: Passe dos limites da sua casa, da sua turma, se comunique sem nenhum tipo de rótulo, supere seus limites, não se conforme com a informação. Busque, atreva, ultrapasse os muros impostos, atravesse a linha do seu horizonte, eleve seu espírito como um flash sem destino, em todas as direções. Supere seus limites de respiração, de força de bicho como um macaco nu que luta incondicionalmente pela vida. Então, sinta mais...
Abrace cada sentimento seja ele qual for, como se abraça a quem se ama e quando precisar, chore. Onde estiver, chore!
E um dia, dance... Um dia dance do jeito que você quiser. Sem dúvida, as pessoas que dançam com verdade são pessoas muito mais felizes.
E por mais louco que possa parecer, não me ouça. Pois posso ser apenas mais um tijolo daquele muro que você quer passar... Simplesmente passar... Passar... Simplesmente passar...
Simplesmente a carne dos deuses em minha cara,
Eu volto ao monte!
Eu volto ao monte!!
Frase do dia
"Chega de marra, Chega de farra e chega de guerra. Quem nunca falha, fala, erra. A Sorte joga a primeira pedra." - Biquini Cavadão
Para ouvir a música clique aqui!
Paz para todos! Samuel Nascimento.
Teu blog nos faz pensar msm.
parabéns.
Já estou seguindo. Depois da uma passada lá no meu.
Abraço.