Autor: Samuel Nascimento
Recordações em fotografias
Verdades confudidas com mentiras
Cicatrizes que voltam a ser feridas
Longos três anos guardados para a vida
Sei - brigas e tristeza
Mas nada apagarás a grande certeza
Da alegria e do bem que tu me fizestes
E o amor que em meu peito puseste
A sensação de solidão me dói
E a incerteza do futuro nas veias corrói
Me passa até a cabeça todo o medo
De não ter mais com quem guardar segredos
E que segredos...
Aprendi...
Aprendi a amar, a confiar
A sentir medo de perder alguém importante
Aprendi a sonhar e a me desapontar
Mas não aprendi a ser esse arquejante
Que convive com a solidão
Respirando emoção
Lembrando do amor e vivendo com a dor
Dor de não ver mais você
De saber que terei de esquecer
Algo construido em tanto tempo
Se despedaçando em planos e sofrimento
Sei que os dias melhores virão
Que tudo são fases de reflexão
Provas que a vida nos oferece
A Força e o equilíbrio em constante teste
Felicidade, é o que desejo a ti
Pois a tempestade passará apenas ao sorrir
E seu sorriso é remédio para a natureza
Clareia o mar, e o céu incendeia
União de beleza com sutileza
A curandeira da minha eterna tristeza
Me levanto, em meio aos prantos,
Danço e canto
Sem timidez
E não me canso
Por enquanto
De dizer só mais essa vez
Que eu te amo
Na mesma placidez
Já não mais penso
Já não mais escolho
Não mais propenso
Ofego de tanto esforço
Já pouco escrevo
E tão pouco sonho
Esqueço o enredo
E permaneço tristonho
Dicionário do texto Arquejante - Aquele que arqueja; que respira com dificuldades, ofega, ansia
Placidez - Qualidade ou estado do que é calmo; tranquilidade, serenidade, sossego
Propenso - Disposto; que mostra tendência a algo