Poema Logradouro

22 de abril de 2012







  Essa história é totalmente baseada na realidade, pode se dizer que misturada com a minha, claro.
(Se quer só lê-la sem o chamado cabeçalho é só começar a partir da frase sublinhada)
  Ela aconteceu em um dia marcante. o dia 20 do 4 (ou 4/20) de 2012 (ano de mudança). E após seu acontecimento fui contando para as pessoas que eu ia encontrando, e elas acreditaram em mim, olhando nos meus olhos percebiam a tamanha realidade, o tanto que aquilo era significativo para mim e também para eles por serem poucos a ouvirem o conto.       Não quero dizer que é boa demais ou que isso ou aquilo... só quero que entenda o quanto foi bom para mim e o quanto é bom repeti-la para você (seja você quem for).
Agora vô deixar de lero-lero e contá-la... (Vô explicando cada situação, pensamento e sentimento momentâneo).


  Estava eu, já vindo de um dia cheio de coisas místicas e emocionante que a vida nos proporciona, saindo de uma calourada da universidade no bairro onde sempre morei. Estava indo em direção ao um barzinho universitário próximo, quando de repente tenho um pensamento filosófico revolucionário! Logo penso em pegar meu borrão de anotações e a caneta e escrevê-lo. Mas algo maior me fez extinguir por completo esse pensamento (inclusive ainda não sei o quê que era até agora ), era uma garota que mexe tanto com os pensamentos quanto com o coração, e ele ficou mesmo bem diferente e bem acelerado, assim como meus pensamentos.  E esse algo maior me fez escrever sobre o momento exato daquilo, algo improvisado e intuitivo. Veio dançando... as rimas encaixadas, o ritmo meio rápido e meio lento e o tempo distorcido. Meu foco foi exclusivo para aquilo, nada mais passou na cabeça. E ele foi e é assim...




Permaneço imóvel 
Pensamentos intensos
Sem sentido lógico
Deixo-me aos ventos


Passei pela flor
Que despediu-se como quis
Se rendeu por
Uns sentimentos ruins


Esquecer por algum motivo
Longe do que entendo
Foi tempo perdido
Ou eu é que pouco penso?




Então parei na esquina, já próximo do bar, e pensei "Ela não falou nada mesmo? Ela não me reconheceu? Ela receberia o que escrevi? Entenderia o que ainda sinto?" E aí logo escrevi e com o pensamento em voltar e dá-la para que eu tivesse as respostas...




Foi Espontâneo... e só sei que veio de dentro, de resto deixo-me esquecer.




  Pronto, eu tinha finalizado com chave de ouro, me senti bem e estava confiante, pois era verdadeiro! Mas eu não a vi ao mirar meus olhos para trás. E ainda com a teimosia em mente, pois já não era confiança, eu segui fazendo o trajeto que já havia feito. Enquanto eu andava me conformava, não conseguia ver ela em uma rua reta... mas veio-me A Esperança. nessa mesma avenida tem outro Bar, "ela pode ter entrado!", pensei. Só que quando olhei para dentro, na porta de vidro, ao invés dela, vi minha mãezinha. Não só pensei, como falei "Não véi, minha mãe! Tenho que falar com ela." E como tudo estava intenso ,quando a abracei quase chorei, disse no seu ouvido o quanto eu tava feliz e a abracei para dizer que eu amava muito ela. Claro que ela não entendeu, mas sabe né, 'mãe é mãe. E ela parecia saber, eu senti no abraço que recebi. Depois abracei pai, amigos deles e disse que eu tinha que ir, pois tinha recebido a resposta, pensava eu que tinha acabado por aí...










Mas uma coisa é certa 
Meu poema ela não respondeu
E quando olhei para trás
Outra flor apareceu









  Nesse momento, aparece uma outra garota que mexeu no passado comigo tanto quanto, e as  palavras pareciam saber o que estava por vim, tanto que cada rima era perfeita para o ouvido e sintonizada com o momento.
  Logo sorri e entendi a mensagem da vida, ela me deu espontaneidade para viver e sentir mais isso. Também me deu o livre arbítrio para interpretar a mensagem como eu quisesse, outra pessoa viveria outra coisa totalmente diferente, tenho certeza (ou não).
Claro, eu tinha que contar que tinha feito um poema para a flor, ela não acreditou e então eu o li.  Ela Sorriu e me abraçou após ouvir o ultimo verso, até então não tinha entendido nada, o poema não parecia ser mesmo para ela, mas era TAMBÉM para ela, pois participara daquele instante, e do momento final que foi a chave de ouro realmente (ou não).
  Antes eu esperava a resposta vindo dela, da outra flor, porque EU QUERIA que fosse dela a resposta, mas a vida é superior aos nossos quereres e é ela que nos responde e, consequentemente diminui o nosso ego, nos ensina e nos emociona loucamente.

  Fui para o barzinho e acabei que me encontrando com ela, não sei se ela me viu e não quis falar (como pareceu na primeira oportunidade que ela teve quando me viu) ou se ela só não me viu e pronto. mas só sei que eu que fui falar com ela. "Hare Khrisna flor!", exaltei-me curvando e respeitando não só ela, como o que há dentro dela, pois eu sentia que eu morava ali dentro de seu coraçãozinho, mesmo sem que ela quisesse, até porque nossos quereres são pequenos para os quereres que a vida tem para nós. Se concordas agradeças a vida por isso. 


Frase do dia - "Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto"


          Sam Nativo

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