O universo, a evolução e a existência

8 de abril de 2011

A busca da verdade tem durado séculos, ou melhor dizendo, milênios; mas, embora os frustrados esforços e ilusões de muitos fossem ficando pelos diversos caminhos percorrido com esse propósito, nunca deixou de alentar nas almas das pessoas a chama inextinguivél da esperança.
O homem sempre pressentiu algo além, uma prolongação indefinida de sua existência, que chegasse inclusive a indentificá-lo com a própria divindade que alenta a criação. Para sua desdita, pretendeu internar-se nessas zonas profundas e de difícil acesso a toda inteligência carente de ilustração superior, sem os conhecimentos que o ajudariam nessa empresa. Ante a falta de conhecimentos que lhe permitissem realizar essa esperança, consentiu na falácia e no absurdo de crenças e promessas que, ao contrário, adormeceram sua alma. O avanço do tempo foi despertando-o desse sonho pernicioso, e, ergido de novo, numa inquietante ansiedade, reclama com insistência cada vez mais firme o conhecimento orientador de sua existência.
A ignorância humana chegou ao ponto de menosprezo ao intelecto. Fazendo que a vida dos seres se tornem externos. Achando que a conversa com seu espírito, a meditação e a reflexão o torne alguém solitário, insociável. E pelo contrário, a atenção que nos exige o fato de viver a vida internamente nao impede, em absoluto, nossa vida de relação com os demais; ela assumirá maior a consciência. Facilitará caminhos e aprendizagem, e, consequentemente, o tornará experiente, ser sábio.
Os novos conceitos, haverão de ir-se impondo inevitavelmente, porque consubstanciam verdades inatacáveis e estão sustentados por uma tremenda força lógica, que impele o homem a comprovar, por si mesmo, sua transcendental realidade. Mas este deverá abrir os olhos; não fechá-los, como os fanáticos, que não querem ver nem ouvir. Deverá abrir os olhos ao eflúvio benéfico e construtivo dos novos conhecimentos, chamados a iluminar a vida e libertá-la da oprimente escravidão em que está submersa pelo bloqueio dos velhos conceitos.
Todo conceito que o homem não modifica com sua evolução torna-se um preconceito, e os preconceitos acorrentam as almas à rocha da inércia mental e espiritual.
Á medida que cada um abra as janelas de sua mente, o oxigênio e a luz da sabedoria poderão penetrar através delas.

Samuel Nascimento

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